O líder da célula do Estado Islâmico no Brasil, desarticulada nesta manhã pela Polícia Federal, mora em Curitiba. Ele foi preso durante a operação batizada de “Hashtag”. O grupo estaria planejando um ataque terrorista para as Olimpíadas do Rio de Janeiro.
A Operação “Hashtag”, deflagrada nesta quinta-feira pela PF, investiga a possível participação de brasileiros numa célula do Estado Islâmico no país. Há indícios de que o grupo estaria planejando um ataque terrorista para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Os suspeitos vinham sendo monitorados há alguns meses, principalmente pelos aplicativos de troca de mensagens Whatsapp e Telegram.
De acordo com o Ministro da Justiça, eles teriam jurado lealdade ao Estado Islâmico e já estavam buscando armas no Paraguai, inclusive fuzis. Em nenhum momento, foi falado em ataque com bombas, apenas com armas de grosso calibre. É a primeira célula terrorista, segundo o ministro, identificada na história do país.
Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, podendo ser prorrogados por mais 30. A operação aconteceu em dez estados, e até o final da manhã, dez pessoas já tinham sido presas. Um dos suspeitos é menor de idade. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná, pelo juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba. Isso porque, segundo o ministro, o líder da célula terrorista seria morador da capital paranaense.
Apesar de classificar o grupo como “desorganizado”, o ministro afirmou que não o poder público não podia ignorar a possibilidade de ataque terrorista no país, por menor que fossem os indícios. Os materiais apreendidos com os suspeitos passarão por perícia com urgência. Para assegurar o êxito da operação e a eventual realização de novas fases, os nomes dos presos, sob custódia da Polícia Federal, não serão divulgados. O processo tramita em segredo de Justiça.
Repórter Tabata Viapiana – CBN Notícias