Por Nélio Junior*
Viana é a Quarta cidade mais antiga do Maranhão e, em 8 de julho de 1757, elevou a nova povoação à categoria de “Vila”.
O nome Viana foi uma homenagem à cidade portuguesa Viana do Castelo.
Utilizando-se da mão de obra escrava, em meados do século 19, o município atingiu o destaque comercial, proveniente principalmente da lavoura do algodão, seguida do arroz, milho e mandioca.
Com prosperidade econômica, o município também se distinguia na produção literária e foi berço de intelectuais como Estêvão Carvalho, Celso Magalhães, os irmãos Antônio e Raimundo Lopes, Astolfo Serra, Ozimo de Carvalho e Travassos Furtado. Ficou conhecida também como Cidade da Música, de Dilú Mello, dentre outras personalidades da cultura.
Infelizmente, o patrimônio histórico vianense se deteriora, dia após dia, bem como todo o conjunto de suas mais ricas tradições.
Sem planejamento e sem a necessária infraestrutura, a centenária cidade cresce de forma desordenada, cercada de problemas, desde a infraestrutura assim como a prestação de serviços públicos e privados.
Com uma população atual de mais de 55.257 habitantes (segundo o último censo IBGE), Viana entrou no século XXI com desafios gigantescos a serem vencidos e precisa de choques de gestão e de cultura, de forma que recupere o tempo perdido.
Precisamos resgatar nossa história e levar Viana novamente a ser destaque, pois como cidade-polo da Baixada Maranhense, tem o papel de liderar o desenvolvimento da região, e isso só será possível mediante políticas públicas voltadas para Educação, Cultura e para o incremento do Turismo.
Esta é a nossa luta, pois como diz o intelectual Travassos Furtado, em sua obra Minha vida, minha luta: “Viana é uma terra de tradição gloriosa. Cabe aos vianenses o sublime dever de amar a sua terra, zelando por tão rico patrimônio, cuja memória deve conservar-se imortal e transmitida de geração a geração como testemunho da gloriosa história de Viana e dos vultos ilustres que fizeram sua grandeza”.
Parabéns, Viana, pelos seus 263 anos!
*Historiador e acadêmico de Direito